Um xiita ismaelita do século XI de nome Hassan Ibn Sabbah
(mais conhecido como "o Velho da Montanha"), comandava na Síria um pequeno exército que utilizava para executar cruéis
vinganças políticas e submeter terror a região.
Para estimular ainda
mais a crueldade
de seus homens, obrigava-os a consumir haxixe antes de sair a campo, com o qual os seus
guerreiros se tornavam ainda mais cruéis e desapiedados.
Por essa razão, os
sequazes do "Velho da Montanha" eram chamados hashashin, que em árabe
significa "consumidor de haxixe", mas a
palavra em pouco tempo seria usada para designar também aos matadores.
O velho líder teve
sucessores que continuaram com os mesmos sangrentos métodos de dominação, até
que o último deles foi capturado e executado sumariamente por Gengis Khan.
A palavra "assassino" aparece usada pela primeira vez em português por volta do Século XII. Em séculos anteriores, registram-se as variantes: "anxixín", "acecino", "assasino" e "assesino". Este vocábulo, que foi trazido do Oriente pelos Cruzados, chegou também ao francês e inglês como "assassin", ao espanhol como "asesino", ao italiano como "assassino".
Segundo Amin Maalouf, no seu livro
Samarcanda:
"A verdade é outra. De
acordo com os textos que nos chegam de Alamut, Hassan Sabbah gostava de chamar os seus adeptos
de assassiyun, os que são fiéis ao Assass, ao «fundamento» da fé, e
esta palavra, mal compreendida pelos viandantes estrangeiros, é que pareceu ter
um ressaibo de haxixe" (…) Marco
Polo popularizou essa ideia no ocidente. Deu-se crédito à tese de que eles
actuavam sob o efeito do haxixe e os seus inimigos no mundo muçulmano
chamavam-lhes por vezes haschichiyun , «fumadores de haxixe», para os
desconsiderar. Alguns orientalistas julgaram ver neste termo a origem da palavra
«assassino», que se tornou, em várias línguas europeias, sinónimo de
homicida."
