O galo de Barcelos que não deu assim
tanta sorte aos Celtics
Calculo
que poucos saibam, mas ontem à noite realizou-se o draft da NBA. O quê? Em
resumo, é o sorteio anual em que as equipas da melhor liga de basquetebol do
mundo ficam a saber em que posição poderão escolher os jogadores universitários
ou estrangeiros disponíveis para a época seguinte. E o que é que isso tem a ver
com o galo de Barcelos? Tudo.
Uma das equipas com maiores expectativas a ficar com a primeira
posição do draft – e logo a escolher o melhor jogador no mercado – era a
dos Boston Celtics. Acontece que o novo embaixador dos Estados Unidos em
Portugal, Robert Sherman, além de ser natural de Boston, é um grande fã dos
Celtics e amigo pessoal de um dos proprietários da equipa. E, para dar sorte,
decidiu enviar a Steve Pagliuca um galo de Barcelos pintado pelos marines
norte-americanos que vigiam a representação diplomática dos EUA em Lisboa.
Perante a curiosidade da
imprensa, Pagliuca explicou a história que
tornou o galo de Barcelos um símbolo de sorte: “Há uma história de
um homem que viajava de Espanha e que era acusado de roubar prata e acabou
condenado è morte. Ele disse ao juiz que o galo ia saltar do prato se ele
estivesse inocente e isso aconteceu. Por isso eles não o enforcaram. Mais tarde
ele foi a Barcelos e fez a estátua que se tornou um símbolo de boa sorte”.
Com o galo de Barcelos na
mala, Steve Pagliuca viajou para Nova Iorque para assistir ao sorteio. É um
tipo supersticioso: além do símbolo português levava uma gravata que lhe tinha
sido oferecida pelo mítico treinador Red Auerbach e que tinha usado no jogo
decisivo de 2006 em que os Celtics se sagraram campeões frente aos Los Angeles
Lakers. Mas os amuletos não lhe serviram de grande coisa: os Boston acabaram por ficar
com a sexta escolha do draft. Não é mau. Mas
não é brilhante.
