sábado, 28 de fevereiro de 2015

Agrovil - Agostinho Vilaça da Cunha

Uma das empresas mais pujantes de Rio Côvo Santa Eulália, no final do século passado.



Braga: Agrovil fechou há 3 anos, trabalhadores desesperam pelos 2 ME de indemnizações

Os 98 ex-trabalhadores da Agrovil, uma fábrica de Braga que encerrou em novembro de 2008, queixaram-se hoje de que ainda não receberam “um único cêntimo” das indemnizações que lhes dão devidas, avaliadas em dois milhões de euros.
http://noticias.sapo.pt/infolocal/artigo/1215487
19-1-2012
Segundo Manuel Churro, ex-trabalhador daquela fábrica de máquinas agrícolas e industriais, situada na freguesia de Lomar, a esperança para o recebimento das indemnizações reside no processo judicial movido para conseguir a inclusão do edifício da fábrica na massa insolvente.
“Estamos a falar de uma área de 21 mil metros quadrados que pode valer, numa estimativa por baixo, uns 2,5 milhões de euros”, referiu.
Aquele processo judicial vai ser julgado a 25 de janeiro, no tribunal Judicial de Barcelos, já que era nesta comarca que a Agrovil tinha a sua sede.
Naquele tribunal, já tinha havido uma primeira decisão favorável às pretensões dos trabalhadores, mas a administração recorreu para a Relação, que devolveu o processo à primeira instância.
De acordo com os ex-trabalhadores, a Agrovil fechou por “má gestão”, que acabou por redundar num “buraco” de oito milhões de euros, com dívidas também às Finanças, aos bancos, à Segurança Social e aos fornecedores.
“A administração já foi condenada por gestão danosa e encerramento ilícito”, garantiu Manuel Churro.
Os donos da Agrovil terão tentado passar todo o património para uma outra empresa, mas trabalhadores e sindicatos recorreram para tribunal, tendo já conseguido que o recheio da fábrica de Braga e o edifício da sede, em Barcelos, fossem incluídos na massa insolvente.
Estes bens já foram vendidos, tendo rendido perto de um milhão de euros, dinheiro que está na posse do administrador da insolvência.
“Agora falta o principal, que é este edifício [fábrica de Braga]”, referiu Manuel Churro.
Segundo fonte sindical, os trabalhadores receberam, entretanto, da Segurança Social perto de 8.000 euros cada um do fundo de garantia salarial.
Estiveram também a receber o subsídio de desemprego, que entretanto foi acabando, chegando este mês ao fim para os trabalhadores mais antigos.
É o caso de Cândido Ferreira, 57 anos de idade e que trabalhou durante quase 40 anos naquela fábrica e que, garante, tem direito a uma indemnização de quase 90 mil euros.
“Sou muito velho para arranjar outro emprego. Quem me vai aceitar com uma idade destas?”, questiona, confessando que encara o futuro com “bastante apreensão”.
Garante que a fábrica tinha trabalho, havia encomendas, “até para exportação” e considera que o fecho “foi um crime”.
“Uma fábrica destas, com os trabalhadores que tinha, com a maquinaria que tinha, com a fundição que tinha, ir assim ao charco, de um momento para o outro. Foi tudo planeado, foi um crime”, reiterou.
Hoje, perto de duas dezenas de ex-trabalhadores concentraram-se frente à fábrica, para deixar bem vincada a ideia de que não vão desistir de lutar pelos seus direitos.
“Este edifício é a nossa grande luta e pode ser a nossa tábua de salvação”, atirou Cândido Ferreira.


http://forum.bracarae.com/viewtopic.php?p=8443 

Trabalhadores da Agrovil em greve

18-11-2008
Os cerca de 70 trabalhadores da fábrica de máquinas agrícolas Agrovil, em Braga, estão em greve desde hoje devido a salários em atraso, disse à agência Lusa fonte sindical.
"A empresa deve 50 por cento do subsídio de Natal de 2007 e o subsídio de Férias de 2008 e só pagou dois terços do salário de Outubro", disse à Lusa Celestino Gonçalves, do Sindicato dos Metalúrgicos de Braga.
Celestino Gonçalves referiu que a Agrovil "já alguns anos que estava numa situação difícil".
O sindicalista referiu que a greve está a ter uma "adesão total" por parte dos operários, estando a trabalhar apenas os administrativos, que, afirmou, "são filhos e genros do patrão".
Celestino Gonçalves referiu que os trabalhadores se vão manter em greve até que seja pago o terço do salário de Outubro em falta e voltarão a paralisar se os salários de Novembro e Dezembro não forem pagos no primeiro dia útil do mês seguinte.
"O patrão diz que vai pagar quarta-feira o resto do salário de Outubro, mas amanhã [terça-feira] mantém-se a greve. Há uma reunião no Ministério do Trabalho quinta-feira, com objectivo de se calendarizar o pagamento dos salários em atraso", disse.
A Lusa tentou, sem sucesso, obter esclarecimentos da administração da Agrovil.
Está confirmada a insolvência da AGROVIL de Braga. Sem emprego ficaram 60 trabalhadores.
21-11-2008
Para Celestino Gonçalves este encerramento foi ilegal, no entanto garante que a partir de segunda-feira todos os trabalhadores poderão pedir os seus direitos no Instituto de Emprego.
A empresa tem salários em atraso e esta semana proibiu a entrada dos trabalhadores nas instalações da fábrica. 
Uma situação reveladora de “lock-out”, que, por ser considerado crime, levou a União de Sindicatos de Braga a apresentar uma queixa no Ministério Público do Tribunal de Braga.
A Agrovil dedicava-se ao fabrico de máquinas agrícolas e industriais.
Suspeita de crimes envolve fecho da Agrovil
22-11-2008
O encerramento da Agrovil, em Braga, está envolto na suspeita de práticas criminosas, que vão ser participadas ao Ministério Público. A Autoridade para as Condições de Trabalho e o Sindicato dos Metalúrgicos de Braga denunciam práticas ilegais.


Crime
http://www.avante.pt/pt/1826/BrevesTrabalhadores/26963/
27-11-2008
Agrovil praticou um encerramento ilícito, pelo que a ACT decidiu dia 21 participar o crime ao Ministério Público. Igual decisão tinha sido anunciada pelo União dos Sindicatos de Braga, na véspera, quando os trabalhadores, em greve pelo pagamento de salários em atraso, viram vedado o acesso à fábrica. Em conferência de imprensa, na sexta-feira, o Sindicato dos Metalúrgicos revelou que nesse dia os cerca de 70 trabalhadores receberam as cartas de despedimento e tiveram acesso às instalações, apenas para poderem retirar as suas coisas. O sindicato fez notar que no mesmo local continua a funcionar uma outra empresa do grupo, denominada Palcoveloz, que usa a mesma maquinaria daAgrovil.


“A crise dá jeito a muitos patrões”

31-1-2009
http://www.correiodominho.pt/noticias.php?id=1118 
O Sindicato dos Metalúrgicos de Braga (SMB) traçou ontem o quadro negro que espera o sector durante este ano.
Perante os jornalistas, o coordenador do SMB, Celestino Gonçalves começou por referir que uma situação como a que se vive agora no sector da metalúrgia, “era impensável há uns anos atrás”. 
Em causa está a prática do Lay-Off (encerramento temporário) por parte de “empresas que eram consideradas fortes”.
É o caso da Jado Ibéria, que vai reduzir os dias de trabalho por semana a partir do próximo mês, da FPS (antiga Pachancho), da Albra, da Jorge Batista da Silva & Irmão e da Leica (de Famalicão). Estas empresas, que têm uma média de 50 a 60 trabalhadores, vão deixar de laborar às sextas-feiras, a partir de Fevereiro. 
Perante esta situação, Celestino Gonçalves admite que o futuro dessas empresas pode passar pelo encerramento das mesmas. “Sabemos que há dificuldades, mas sabemos, também, que há empresas a aproveitarem-se desta situação de crise. Nenhum patrão diz que a empresa está bem”, alega o sindicalista. Se tal se vier a concretizar, o SMB admite que este ano possam haver mais 1200 desempregados.
AGROVIL EM VILA VERDE?
No mesmo encontro com os jornalistas , Abílio Lima, porta-voz dos trabalhadores da Agrovil (empresa que fabrica máquina agrícolas), admitiu que a empresa possa vir a mudar de instalações.
“Sabemos que, apesar do encerramento da fábrica, o patrão está lá todos os dias. Sabemos,através de colegas nossos, que a empresa pode vir a mudar as instalações talvez para Vila Verde.”
Uma situação à qual os cerca de 70 trabalhadores, que paralisaram a empresa no ano passado prometem estar atento, já que a administração “ainda não pagou os salários que deve.”



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